O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou, na tarde de terça-feira, 18, que se licenciou do cargo na Câmara e irá permanecer nos Estados Unidos. Com a decisão, a Câmara ficará sem um representante da família Bolsonaro pela primeira vez em 34 anos. “Assumi o mandato parlamentar para representar a minha nação. Abdico temporariamente dele para seguir bem representando esses milhões de irmãos de Pátria”, afirmou o parlamentar em vídeo. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pai de Eduardo, assumiu como deputado federal em 1991 e integrou a Câmara até 2019. A família continuará representada no Senado, com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), irmão de Eduardo.
Nas redes sociais, o filho do ex-presidente afirmou que vai abrir mão da remuneração referente ao mandato durante o afastamento. Apesar da fala, o corte no salário é, na verdade, uma obrigatoriedade prevista no Regimento Interno da Câmara dos Deputados para licenças como a de Eduardo, ligadas aos interesses pessoais dos parlamentares. Atualmente, o deputado recebe 46.366,19 reais por mês, além do auxílio-moradia no valor de 4.253,00 reais mensais — verba que também é suspensa durante a licença.