Morreu na manhã desta quarta-feira, 19, aos 90 anos, o ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo. A causa da morte não foi divulgada. O velório ocorrerá na Assembleia Legislativa de São Paulo, entre 10h30 e 15h e o sepultamento será no cemitério do Araçá, na capital paulista, a partir das 16h. É esperada a presença de políticos e autoridades. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) decretou luto de três dias no estado.
Cláudio Salvador Lembo governou o estado de São Paulo entre 31 de março de 2006 e 1º de janeiro de 2007. Ele era vice-governador desde 2001, eleito e reeleito na chapa com Geraldo Alckmin, então no PSDB, e assumiu o governo quando o titular se licenciou para concorrer à Presidência.
Dois meses depois de assumir o governo, enfrentou o maior desafio de sua gestão, que marcaria sua passagem como governador: a onda de ataques orquestrados pela organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) a autoridades policiais e prédios públicos, em maio de 2006, que resultou em centenas de mortes.
Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, com doutorado na mesma área pela Mackenzie, Lembo atuou como advogado, professor e escritor, além da política.
Foi professor titular de Direito Constitucional e Direito Judiciário Civil na Mackenzie, além de coordenador do curso de pós-graduação entre 1973 e 1994 e reitor entre 1997 e 2002. Entre 1962 e 1997, ocupou no Banco Itaú o cargo de diretor para assuntos legislativos.
Na Prefeitura de São Paulo, foi secretário dos Negócios Extraordinários de 1975 a 1979, na administração do prefeito Olavo Setúbal, e secretário dos Negócios Jurídicos de 1986 a 1989, na administração do prefeito Jânio Quadros. Nesse último período exerceu interinamente o cargo de prefeito em vários períodos. Ainda na Prefeitura de São Paulo, foi secretário do Planejamento em 1993.
No governo do presidente José Sarney, foi chefe de gabinete do ministro da Educação, Marco Maciel, entre 1985 e 1986, tendo ocupado o cargo de ministro interinamente durante viagem do titular. De 1995 a 1997, foi assessor do mesmo Marco Maciel, quando este era vice-presidente do governo Fernando Henrique Cardoso.
Em sua carreira polícia, passou pelos partidos Arena, PMDB, PFL/DEM e PSD.
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