Durante um jogo universitário no último sábado, 15, mais de 20 estudantes de medicina da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, foram fotografados segurando uma bandeira com a frase “entra por**, escorre sangue”, uma expressão que remete ao crime de estupro e que fazia parte de um antigo “hino” da atlética de medicina, banido em 2017.
O Coletivo Francisca, grupo formado por alunas e ex-alunas da faculdade, denunciou o ocorrido em um comunicado nas redes, afirmando que a exibição da bandeira fere a dignidade sexual e ameaça o bem-estar das mulheres na instituição. O grupo cobrou um posicionamento da Atlética e medidas que garantam a segurança e saúde mental das mulheres no ambiente acadêmico.
A Faculdade Santa Marcelina se manifestou publicamente, repudiando o episódio e destacando que os alunos assumem, ao se matricular, um compromisso com princípios éticos e respeito à dignidade acadêmica. A instituição anunciou a abertura de uma sindicância interna para apurar os fatos, podendo os estudantes envolvidos sofrer penalidades que variam de advertências a desligamento, dependendo da gravidade da infração. A Polícia Civil também instaurou um inquérito para investigar o caso.