Nesta quinta-feira, 23, Fernanda Torres se uniu à mãe Fernanda Montenegro no seleto grupo de atrizes indicadas ao Oscar. Mais seleto ainda é o hall de mães e filhas nomeadas à premiação — no total, são apenas seis duplas, duas delas formadas nesta edição. Isso porque, além de Fernanda Torres pela atuação como Eunice Paiva em Ainda Estou Aqui, Isabella Rossellini concorre a melhor atriz coadjuvante por Conclave — e sua mãe, a legendária Ingrid Bergman (1915-1982), acumulou múltiplas indicações ao prêmio.
Fernanda Montenegro, a primeira atriz brasileira indicada ao Oscar, conquistou a nomeação em 1999, por Central do Brasil — que, assim como Ainda Estou Aqui, que fez de sua filha a segunda brasileira indicada ao prêmio, também foi dirigido por Walter Salles. Na ocasião, Montenegro perdeu o prêmio para Gwyneth Paltrow, que venceu com o questionável Shakespeare Apaixonado. Bergman, por sua vez, teve sete indicações, e venceu três estatuetas.
A primeira dupla a conquistar o feito foi Judy Garland e Liza Minnelli. Garland recebeu indicações por Nasce Uma Estrela (1955) e Julgamento em Nuremberg (1962). A filha, por sua vez, concorreu com os filmes Os Anos Verdes (1969) e Cabaret (1972) — e saiu vencedora no último. Diane Ladd e Laura Dern se uniram a elas em 1992. Neste ano, ambas foram indicadas ao prêmio pelo filme As Noites de Rose — Ladd como atriz coadjuvante e Dern como melhor atriz. Juntas, mãe e filha acumulam hoje seis indicações, além de uma vitória de Dern, por História de um Casamento (2020).
Goldie Hawn e Kate Hudson foram a terceira dupla a compor o grupo. A primeira foi nomeada (e venceu) por Flor de Cacto (1969) e A Recruta Benjamin (1980), e vinte anos depois, em 2001, sua filha concorreu à categoria de atriz coadjuvante por Quase Famosos. O clubinho de luxo tem ainda Janet Leigh e Jamie Lee Curtis — as duas entraram para o time no ano passado, quando Jamie Lee foi indicada e venceu a categoria de melhor atriz coadjuvante por Tudo Em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo, mais de 60 anos depois de sua mãe concorrer à estatueta de melhor atriz por Psicose (1960).
