O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin e mais três ministros se reúnem com representantes de empresas e associações empresariais para discutir a inflação dos alimentos nesta quinta-feira 6, às 15h30. No total, 35 pessoas devem participar da reunião. A importância do assunto para o governo é expressa pela quantidade de membros do primeiro e do segundo escalão que participarão da conversa.
Além de Alckmin, também estão listados os ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. Dario Durigan, secretário-executivo do ministério da Fazenda, e seu colega Guilherme Mello, de Política Econômica, representarão Fernando Haddad.
A iniciativa privada será representada por: frigorífico Marfrig, Granja Faria e Cosan. Diversas entidades setoriais foram convocadas: Abpa (proteína animal), Abiec (exportação de carnes), Ubrabio (biocombustíveis), Abiove (óleos vegetais), Unica (açúcar e álcool), Abras (supermercados), Abia (indústria de alimentos), Abad (atacadistas de alimentos), entre outras.
A inflação dos alimentos entrou de vez na agenda do governo, depois de ser apontada como uma das causas para a implosão da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde o início de 2020, o preço dos alimentos aceleraram e já acumulam uma alta de 56%. Enquanto isso, o rendimento médio dos brasileiros subiu 42% para os atuais 3 400 reais por mês. A diferença levou a um efeito óbvio: o peso dos alimentos no orçamento das famílias cresceu de 16% para 20%.
Os movimentos recentes são ainda mais impressionantes. Em apenas um mês, o preço da dúzia de ovos disparou 60%. Nos últimos doze meses, o café subiu 60%, o óleo de soja, 25%, e a carne, 21%. Na média, as compras no supermercado ficaram 7% mais caras no acumulado dos últimos doze meses.