Tom Homan, autoridade que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escolheu para conduzir uma deportação em massa de imigrantes ilegais e controlar a fronteira do país com o México, reagiu a um vídeo da cantora e atriz Selena Gomez e afirmou em entrevista na noite de segunda-feira 27 que os insatisfeitos com plano de expulsão tentem “mudar a lei”.
Apelidado de “czar da fronteira”, Homan justificou que o governo “não tem desculpas” e que opositores dessas ações devem se dirigir ao Congresso, referindo-se a Gomez, americana com descendência mexicana.
Como membro da ICE, a polícia de imigração do país, desde sua fundação em 2003, Homan já realizou a maior operação de deportação da história americana. Em 2013, durante o governo de Barack Obama, foi apontado pelo então presidente como diretor associado executivo de operações de execução e remoção da ICE e contribuiu com o recorde de 432 mil remoções em um ano. Pouco depois, foi premiado pelo democrata com um Presidential Rank Awards, concedido pelos presidentes a oficiais do governo.
A nova onda de deportações promete ser ainda maior. Só entre os dias 20 e 26 de janeiro, a primeira semana de governo Trump, o México recebeu mais de 4 mil pessoas deportadas dos Estados Unidos, segundo a presidente Claudia Sheinbaum.
Selena Gomez just posted a video crying about deportations, but deleted it after outrage from fans…. pic.twitter.com/xRTO8x4ND5
— End Wokeness (@EndWokeness) January 27, 2025
Arrependida
Selena Gomez, após publicar o vídeo lamentando a situação de mexicanos que estão sendo deportados dos Estados Unidos, deletou o trecho divulgado nos stories do Instagram. “Aparentemente não está tudo bem mostrar empatia pelas pessoas”, disse ela após a repercussão. “Só queria dizer que eu sinto muito. Todas as pessoas que estão sendo atacadas. As crianças, eu não entendo. Eu sinto muito, queria que houvesse algo que eu pudesse fazer, mas não consigo. Vou tentar de tudo, eu prometo”, disse a artista.
A artista é alvo de críticas por ser uma das protagonistas de Emilia Pérez, filme indicado a 13 categorias no Oscar, em que interpreta Jessi Del Monte. Um dos principais argumentos é a falta de participação de mexicanos na equipe e elenco principal, bem como a representação “caricata” que é feita do país.