A desconfiança de partidos aliados do governo com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foi dissipada rapidamente nesta semana com a aprovação do orçamento de 2025 no Congresso Nacional.
Atuando nos bastidores, a ministra conseguiu articular a organização da votação de algo que deveria ter sido votado em dezembro, e que represou ações do governo como o reajuste dos servidores públicos, incluindo os militares.
Outra vitória do governo na aprovação do orçamento — e que tem sido uma das bóias de salvação da quinta gestão petista — é a destinação de mais R$ 15 bilhões para o Minha Casa Minha Vida com o intuito de atender famílias com renda de R$ 8 mil a R$ 12 mil. Ou seja, a classe média.
Ao fim da semana, aliados antes céticos com a atuação da ministra mostraram-se otimistas com o trabalho de Gleisi, já a comparando com o antecessor Alexandre Padilha, bastante criticado pelo centrão.
Um fator, contudo, age a favor da ministra: trabalhar com Hugo Motta, novo presidente da Câmara, e não com Arthur Lira. O político paraibano é completamente diferente no trato e em relação à abertura de negociação com o governo.
Aliás, a Paraíba é o estado que dá a maior aprovação ao presidente Lula, o que faz com que o parlamentar tenha menos motivos para atrapalhar o presidente, mesmo sendo do partido Republicanos, de Tarcísio de Freitas, principal nome da oposição para 2026.