Coroada miss França 2025, Angélique Angarni-Filopon, 34, a mais velha beldade a ostentar a faixa, se viu julgada e condenada nas redes sociais quando, em uma entrevista, se recusou a pronunciar o mote solidário “Je Suis Charlie” nos dez anos do ataque de terroristas islâmicos que matou doze pessoas no semanário parisiense Charlie Hebdo. Uma charge na própria publicação mostrou três mulás portando um cartaz escrito “Miss França não é Charlie”. Angélique admitiu que sua reação foi “atrapalhada”, que “obviamente a liberdade de expressão é de suma importância” e que não se manifestou na ocasião porque seu posto requer que seja “neutra em algumas questões”. Não é a primeira controvérsia que enfrenta, porém: ex-aeromoça nascida na Martinica, Angélique se queixa da enxurrada de críticas na internet pela cor da pele, pela idade e até pelo penteado. “Não cedam ao prazer perverso de destruir a vida das pessoas”, pediu recentemente.
Com reportagem de Mafê Firpo e Nara Boechat
Publicado em VEJA de 24 de janeiro de 2025, edição nº 2928