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Justiça torna réus seis acusados pela morte de delator do PCC

A Justiça aceitou, nesta segunda-feira, 17, denúncia oferecida contra seis acusados de participação direta no assassinato do empresário Antonio Vinícius Gritzbach, delator da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) morto a tiros no aeroporto de Guarulhos, em novembro passado. Com a decisão, mandantes e executores, entre eles três policiais militares, passam à condição de réus.

O recebimento ocorre horas depois do oferecimento da acusação pelo Ministério Público. Foram denunciados como mandantes do crime o traficante Emílio Gongorra, conhecido como Cigarreiro, e Diego Amaral, o Didi. Ambos têm ligação com o PCC, segundo os investigadores, e foram alvos de mandados de prisão, mas seguem foragidos.

Três policiais militares — o cabo Denis Antonio Martins, o soldado Ruan Silva Rodrigues e o tenente Fernando Genauro — foram apontados como executores do crime. Os dois primeiros, segundo o MP, foram os autores dos disparos, e o terceiro teria sido o motorista que os levou ao local do crime e deu fuga. Kauê Amaral teria atuado como olheiro no dia do atentado, monitorando os passos da vítima no momento do desembarque e e fornecendo as informações aos executores.

Os quatro estavam presos temporariamente, e tiveram as prisões convertidas em preventivas a pedido do Ministério Público. O seis denunciados também vão responder pelo assassinato de um motorista de aplicativo que morreu atingido por uma bala perdida no momento do atentado e por duas tentativas de homicídio de pessoas que ficaram feridas.

Emboscada no aeroporto

O delator do PCC foi alvo de emboscada quando desembarcava no aeroporto e alvejado com diversos tiros de fuzil, disparados por dois homens. Toda a movimentação foi flagrada pelas câmeras de segurança do aeroporto.

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Ao encerrar a investigação na última sexta-feira, a força-tarefa concluiu que o crime foi motivado por vingança pela suposta participação de Gritzbach no assassinato de duas lideranças do PCC. Outras investigações em aberto, no entanto, apuram a participação de outros policiais na facilitação ao crime.

No dia em que foi assassinado, Gritzbach havia contratado uma escolta particular, composta por policiais, para garantir proteção ao desembarcar em São Paulo. A escolta, no entanto, não estava presente no momento do desembarque. Em depoimentos, policiais que faziam parte do grupo informaram que tiveram problemas mecânicos no carro quando seguiam para o aeroporto.

Quando foi morto, Gritzbach estava no meio de um acordo de delação premiada com o Ministério Público. Em depoimentos, relatou não só esquemas de lavagem de dinheiro do PCC, mas também atividades criminosas comandadas por policiais.

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