Nesta segunda, 17, começa o julgamento que pode banir Lucas Paquetá do futebol profissional. O brasileiro foi denunciado em maio do ano passado pela Federação Inglesa de Futebol (FA) por violar regras de conduta de apostas esportivas em jogos pelo West Ham entre 2022 e 2023 e obstruir investigações da organização.
O julgamento tem duração aproximada de três semanas e pode banir Paquetá do futebol profissional de maneira vitalícia se seguir a recomendação da FA. A Federação acusa o jogador de receber cartões amarelos propositalmente em quatro jogos pela Premier League com “o propósito indevido de afetar o mercado de apostas para que uma ou mais pessoas lucrassem com as apostas”.
Os jogos em questão, contra o Leicester em 2022 e Aston Villa, Leeds e Bournemouth em 2023, receberam mais de 60 apostas para que Paquetá recebesse um cartão amarelo, fato que aconteceu no decorrer das quatro partidas, de acordo com informações do The Guardian. O jornal britânico afirmou que as apostas se concentraram na Ilha de Paquetá, onde o jogador nasceu e tem família.
As primeiras investigações foram realizadas pela Associação Internacional de Integridade das Apostas (IBIA) e conectaram as apostas a contas de familiares do meio-campista, inclusive seu tio, Bruno Tolentino. As acusações teriam motivado o cancelamento da ida do brasileiro para o Manchester City, em uma negociação em seus trâmites finais na época, segundo o The Guardian.
Lucas Paquetá nega as acusações, afirmou ser inocente e que cooperou com “todas as etapas da investigação” em uma postagem nas redes sociais, logo depois das denúncias em maio de 2024.
O meio-campista ficou de fora da última convocação de Dorival Júnior para os confrontos das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, contra Colômbia e Argentina. O técnico da seleção afirmou que o nome de Paquetá não foi incluído por lesão, já que o jogador não atua desde 15 de fevereiro.