As redes sociais estão cada vez mais multifacetadas, e o TikTok segue na tendência com o anúncio de uma loja virtual dentro do aplicativo de vídeos. A TikTok Shop deve entrar no mercado de e-commerce brasileiro em abril, de acordo com o site chinês DBS, com grandes concorrentes à vista, como Mercado Livre, Shopee e Amazon. De acordo com um relatório do Santander, a plataforma pode capturar de 5% a 9% de todo e-commerce no país dentro de três anos de funcionamento.
Os setores de “Beleza e Cuidados Pessoais, Moda/Aparelhos, Produtos Relacionados à Saúde e Eletrônicos” podem ser beneficiados pela chegada da funcionalidade no país, segundo o Santander. As marcas C&A, Magazine Luiza, Mercado Livre, Natura e Renner são apontadas como as mais preparadas para receber a TikTok Shop.
O banco sinaliza, no entanto, que as marcas têm que se preparar e desenvolver estratégias de uso da plataforma. Ruben Couto, Eric Huang e Vitor Fuziharo, autores do relatório, afirmam que “as marcas não podem se dar ao luxo de ignorar o TikTok se quiserem ter engajamento com um público mais amplo”.
A TikTok Shop já funciona nos Estados Unidos, Filipinas, Indonésia, Malásia, Reino Unido, Singapura, Tailândia e Vietnã. Antes de chegar no Brasil, a funcionalidade foi testada no México, encontrou abertura para parcerias, em uma expansão agressiva que ofereceu condições ousadas para atrair vendedores, como 90 dias sem comissão e frete gratuito por tempo limitado. Com a mesma administração do país da América Central, a tendência é seguir o mesmo método ofensivo no Brasil, 3º maior mercado do aplicativo de vídeos, com 111,3 milhões de usuários.