Um homem foi preso enquanto fazia exames admissionais para o cargo de investigador, após ser aprovado no concurso para a Polícia Civil de São Paulo. Cristiano Rodrigues da Silva, de 40 anos, tinha contra si um mandado de prisão aberto há 17 anos por homicídio, roubo e falsidade ideológica, justamente por ter se passado por um policial para cometer os crimes.
A informação de que Cristiano era procurado foi confirmada pelo setor de Inteligência da Polícia Civil no momento do exame. Ele já havia passado por etapas anteriores do concurso, que prevê, além da prova escrita, comprovação de idoneidade e conduta. Nesta etapa é feita a investigação social do candidato para ver se ele tem antecedentes criminais, por exemplo.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que um entendimento do Supremo Tribunal Federal estabelece que a investigação social não pode ser usada para excluir um candidato de processo seletivo, a não ser no caso da pessoa ter contra si uma sentença condenatória transitada em julgado, o que não era o caso. “Após ser identificada na análise social a existência de mandado de prisão contra o candidato, ele foi preso, ficando impedido de realizar a etapa seguinte, o que resultou em sua desclassificação”, diz o texto.
O mandado de prisão contra Cristiano é de novembro de 2007. De acordo com a investigação feita à época pela Polícia Civil, ele e um comparsa assaltaram uma pizzaria localizada usando um veículo com as cores que se assemelhavam a uma viatura. Segundo a investigação, quando chegaram ao estabelecimento, eles se apresentaram com funcionários da delegacia de Perus. A dupla teria sequestrado um funcionário do estabelecimento, roubado o carro dele e posteriormente o executado na região de Mairiporã, na Grande São Paulo.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que, após a prisão, Cristiano Rodrigues fica à disposição da Justiça. Além desta ocorrência, ele tem outros seis registros de crimes que teria cometido quando tinha menos de 18 anos.
