Na próxima terça-feira, 18, vai ao ar no Provoca, da TV Cultura, uma conversa entre o apresentador Marcelo Tas e Marcelo Rubens Paiva, autor do livro homônimo que originou o filme oscarizado Ainda Estou Aqui. Na entrevista, o escritor relembrou o pai Rubens Paiva, ex-deputado morto pela ditadura, e revelou quais políticos gostaria de ver concorrendo à presidência. “Tem três nomes muito fortes que não estão falando. […] Um é o Haddad. […] Simone Tebet. […] E o nosso vice-presidente Geraldo Alckmin, grande líder”, apontou.
Na conversa, Marcelo Rubens Paiva ainda apontou as dificuldades de determinar as circunstâncias da morte do pai, que foi assassinado em janeiro de 1971 depois de ser levado para prestar um depoimento por agentes da ditadura. “O meu pai não é um morto. O meu pai é um caso. É um cara que não sei, morreu, enterrou, rezou, fez a missa de 8º dia? Não, meu pai é um caso, que ninguém sabe para onde ele foi, que dia que ele morreu, nem como que ele morreu, é tudo suspeita”, diz ele sobre o desaparecimento e, posterior morte, de Rubens Paiva.
Marcelo é o único homem dos cinco filhos deixados por Rubens Paiva. Quando o pai foi assassinado, em 1971, ele ainda era um garoto de 11 anos, e passou a conviver com as dúvidas sobre o desaparecimento e a morte do patriarca, e a luta da mãe, Eunice Paiva, por justiça. Já adulto, se tornou jornalista e escritor e, em agosto de 2015, lançou o livro autobiográfico que foi adaptado para os cinemas por Walter Salles — e se tornou o primeiro filme brasileiro a ganhar um Oscar ao vencer a categoria de melhor filme internacional.
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