Se depender da inflação suportada pelas empresas, a equipe econômica e o Banco Central terão um trabalho hercúleo para fazer os preços convergirem para o centro meta de 3%. Isto, porque as matérias primas e insumos utilizados pela indústria seguem subindo com força. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 0,13% em janeiro, na comparação com dezembro, puxado pela alta de 0,21% nos custos da indústria de transformação, parcialmente compensada pela queda de 1,49% da indústria extrativa. No acumulado de doze meses até janeiro, o resultado é ainda pior: uma alta de 9,69%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), catorze das 24 atividades pesquisadas apresentaram alta dos preços em relação a dezembro. Os destaques foram para máquinas, aparelhos e materiais elétricos (+1,85%), outros produtos químicos (+1,72%) e refino de petróleo e biocombustíveis (+1,49%). Na outra ponta, a indústria extrativa registrou a maior deflação (-1,49%) em janeiro, na comparação com dezembro.
Já no acumulado de doze meses, os custos da indústria extrativa recuaram 1,15%. Em compensação, a indústria de transformação sofre com uma alta de 10,29%. Os setores com as quatro maiores variações de preços foram: metalurgia (+26,77%), fumo (+17,47%), outros equipamentos de transporte (+17,32%) e madeira (+15,69%).