O setor público consolidado, composto pela União, estados e municípios, apresentou um superávit primário de 104,1 bilhões de reais em janeiro, segundo o Banco Central (BC). O resultado é um pouco maior que os 102,1 bilhões reportados no mesmo mês do ano passado. O governo central, que envolve o Tesouro Nacional, o BC e a Previdência Social, fechou janeiro com superávit de 83,1 bilhões de reais. Os governos regionais (estados e municípios) geraram mais 22 bilhões de saldo positivo. Já as estatais registraram déficit de 1 bilhão.
Com esse desempenho, setor público consolidado acumula um déficit de 45,6 bilhões de reais nos dozes meses até janeiro. O montante corresponde a 0,38% do Produto Interno Bruto (PIB), mas assinala um recuo de 0,02 ponto percentual na comparação com o acumulado de doze meses até dezembro de 2024.
Já o resultado nominal, que inclui também os juros pagos pela dívida pública, totalizou em janeiro um superávit de 63,7 bilhões. No acumulado de doze meses até janeiro, o setor público consolidado registra um déficit nominal de 956,5 bilhões de reais, equivalente a 8,05% do PIB. A cifra representa uma melhora em relação ao acumulado de dozes meses até dezembro de 2024, que somou 998 bilhões de reais, ou 8,45% do PIB.
Os resultados positivos permitiram que o país reduzisse em 0,4 ponto percentual sua dívida líquida do setor público (DLSP), representada pela diferença entre o total de obrigações e todos os recebíveis da União, estados, municípios e estatais (com exceção da Petrobras e da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear, ENBPar). Assim, a DLSP baixou para 60,8% do PIB no mês retrasado, equivalente a 7,2 trilhões de reais.
Já a dívida bruta do governo geral (DBGG), que representa tudo o que a União e os entes federados devem para credores no Brasil e no exterior, recuou 0,8 ponto percentual em relação a dezembro, para 75,3% do PIB. Com isso, encerrou janeiro em 8,9 trilhões de reais.