Filho mais novo do príncipe Robert de Luxemburgo e da princesa Julie de Nassau, membros da Casa de Nassau, dinastia governante de Luxemburgo, Frederik foi diagnosticado aos 14 anos com uma doença rara conhecida pela sigla Polg — um distúrbio genético que priva as células do corpo de energia, causando disfunções e falência progressiva de múltiplos órgãos.
Ainda sem cura, apesar de sucessivos estudos, a síndrome afeta especialmente o cérebro, os músculos, os nervos e o fígado. O próprio príncipe ajudou a criar uma fundação destinada a pesquisas em torno da doença, que virou a causa de sua vida. Ele morreu em 1º de março, em Paris, aos 22 anos, mas a notícia só foi divulgada na semana passada.
O último sobrevivente

O polonês Feiwel Wichter, depois batizado de Francisco, na Argentina, sobreviveu a quatro campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Em Plaszow, sua vida cruzou com a de Oskar Schindler, o empresário alemão que salvou ao menos 1 200 judeus empregando-os em suas fábricas de munição e esmaltes. O personagem foi tema do premiadíssimo clássico de Steven Spielberg, A Lista de Schindler, de 1993. Wichter era o operário de número 371 do mítico rol. Em 1945, ele emigrou para Buenos Aires, onde vivia em discrição, sem nunca ter entrado em detalhes a respeito do passado. Com o lançamento do filme, contudo, decidiu revelar sua heroica trajetória. Ao lançar uma autobiografia, escreveu, logo no primeiro parágrafo: “Sou judeu e acredito nos dez mandamentos. Porém, os horrores vividos me ensinaram que existe um mandamento a mais: sobreviverás! Essa foi a minha palavra de ordem e a de todos os que sobreviveram. Essa foi a força que nos manteve e que sustenta tudo aquilo que irei contar”. Ele morreu em 8 de março, aos 99 anos, em Buenos Aires. Era o último sobrevivente da generosidade de Schindler.
O marcador do Rei

Muitos jogadores de futebol construíram suas carreiras por terem marcado — e bem — o rei do futebol, Pelé. Foi o caso do corintiano Luís Carlos Galter, de estilo clássico e imponente. Ele jogou pelo time alvinegro de 1967 e 1974. Embora nunca tenha conquistado um título, foi sempre celebrado pela noite de 6 de março de 1968, em que o Corinthians venceu o Santos por 2 a 0, quebrando um jejum de vitórias de onze anos. Luís Carlos, nas palavras do próprio Pelé, anulou o camisa 10. Ele depois atuaria pelo Flamengo, Operário de Campo Grande e Coritiba. Morreu em 7 de março, aos 77 anos, de complicações renais.
Publicado em VEJA de 14 de março de 2025, edição nº 2935