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De 0 a 100km/h em 2,2 segundos: aceleramos o elétrico mais rápido do país

Um. Dois. Esse é o tempo que o novo Taycan Turbo GT, elétrico com foco em performance da Porsche, demora para sair do zero e acelerar até 100 km/h. Mais precisamente, 2,2 segundos – um absurdo que o torna o elétrico mais potente e rápido à venda no Brasil. O modelo chega agora ao país, junto com versões (um pouco) menos potentes que ele.

O Turbo GT ocupa o patamar mais alto da hierarquia do Taycan. Na última semana, fomos ao autódromo Velocitta, no interior de São Paulo, para conduzir o modelo na pista, da maneira como ele foi projetado para ser usado. Sentamos ao volante do Turbo GT equipado com o pacote Weissach, que aumenta ainda mais sua performance. O nome é uma referência à cidade alemã onde fica o centro de desenvolvimento da Porsche, e o pacote inclui modificações como a retirada dos assentos traseiros, para reduzir o peso.

No test drive, a missão era acompanhar o 911 GT3 RS, versão de altíssimo desempenho do clássico esportivo, em algumas voltas na pista. De cara, seu poder de aceleração é impressionante. A barreira dos 100 km/h é ultrapassada tão rapidamente que a preocupação é não se empolgar e passar dos 200 km/h. A estabilidade nas curvas é outro ponto forte. O carro tem um sistema chamado Active Ride, configuração de suspensão que faz a distribuição equilibrada das cargas das rodas, garantindo curvas quase perfeitas (até para alguém que não é um piloto profissional, como eu). A desaceleração é surpreendente, e os freios dão conta de reduzir a velocidade com tal força que é nesse momento que o corpo sente mais, sendo empurrado para frente. Nas retas, dá para ativar o modo ataque, que dá um overboost na potência, alcançando os tais 1034 cavalos. É realmente um carro impressionante.

Detalhe indica que o Turbo GT é equipado com o pacote Weissach, que inclui modificações importantes com foco em performance
Detalhe indica que o Turbo GT é equipado com o pacote Weissach, que inclui modificações importantes com foco em performanceAndré Sollitto/VEJA

É claro que o Turbo GT é uma versão voltada para as pistas. Já quebrou quatro recordes para carros elétricos. A mais recente foi em Interlagos, quando o piloto Felipe Nasr completou uma volta em impressionante 1m 42.1s. Em Nurburgring, o mais importante circuito de testes, ele destruiu o recorde do Tesla Model S Plaid por 18 segundos ao fazer a volta em 7m 07.55s. Os outros dois recordes foram quebrados em Laguna Seca, na Califórnia, e Shanghai, na China.

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Mas há todo um line-up de modelos disponíveis para quem não quer sair por aí desafiando recordes. 

O Taycan tem um papel importante na história da Porsche. Foi o primeiro modelo totalmente elétrico fabricado em escala pela montadora alemã. É vendido em dois tipos de carroceria, sedã e perua (um setor que hoje é atendido apenas pelo segmento mais luxuoso do setor automotivo). Apesar do pioneirismo, a versão anterior estava desatualizada em termos de autonomia da bateria e performance. Agora, esses pontos foram corrigidos.

Se antes a autonomia do Taycan era de apenas 286 km, agora saltou para 393 km, um ganho de 37%. No caso do Taycan Turbo S, o ganho foi ainda maior, passando de 278 km para 425 km. Há outras melhorias. O desempenho foi aprimorado, o que fica claro nos números de aceleração: 4,8 segundos (eram 5,4 seg.) para o Taycan,, e 2,4 segundos (eram 2,8 seg.) no Taycan Turbo S. O tempo de recarga também diminuiu. No carregamento mais rápido, de 320 kW (velocidade só disponível em quatro unidades da Porsche), é possível 70% da carga (de 10% para 80%) em 18 minutos. Há opcionais importantes, como os farois com luzes HD Matrix, de 32 mil pixels controlados individualmente, que permitem, por exemplo, que o feixe seja direcionado para perigos na via de forma automática. “Não se trata apenas de um facelift. Foram feitas mudanças profundas no carro”, diz Leandro Sabes, gerente sênior de Comunicação e Relações Públicas na Porsche Brasil.

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Novo Taycan ficou mais potente e tem maior autonomia
Novo Taycan ficou mais potente e tem maior autonomiaAndré Sollitto/VEJA

Além das voltas na pista, rodamos por cerca de 350 quilômetros em um trajeto majoritariamente rodoviário a bordo do Taycan 4S sedã. Mesmo sem os 1034 cv, é um carro potente e confortável. Chama a atenção a maneira como ele é capaz de absorver as irregularidades do solo. A direção é precisa e prazerosa, a cabine é silenciosa e tem um acabamento impecável. Nos modos Sport ou Sport Plus a resposta do motor é muito rápida e as retomadas e ultrapassagens são feitas de forma segura. Para o uso cotidiano, sobra potência e conforto.

Todas essas qualidades têm um preço. No modelo sedã, o Taycan começa em R$ 820 mil na versão mais simples, de até 408 cv de potência e 393 km de autonomia. O Taycan 4S, modelo intermediário, tem até 598 cv e 415 km de autonomia por R$ 875 mil. Na versão perua Cross Turismo, com uma pegada mais aventureira e suspensão de 20mm a 30mm mais elevada e modo de condução Gravel, o preço começa em R$ 920 mil no Taycan 4 e chega a R$ 1.225.000 no Turbo. Acima de todos está o Turbo GT com pacote Weissach, à venda por R$ 1.535.000. A pré-venda já começou e as primeiras unidades serão entregues ainda no primeiro semestre de 2025.

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