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Grande estudo aponta as melhores (e piores) fontes de gordura para a saúde

A manteiga é uma das protagonistas de uma grande indecisão científica: faz bem ou faz mal? Por um lado, ela é rica em gorduras saturadas, as grandes vilãs da saúde cardiovascular, por outro, possui minerais e vitaminas bem vindas para o bom funcionamento do corpo. O que pesa mais acaba de ser revelado por uma extensa análise que comparou o impacto desse ingrediente e de outros tipos de gordura no risco de morte. 

Publicada na renomada JAMA Internal Medicine, a pesquisa avaliou os hábitos alimentares de mais de 220 mil estadunidenses para investigar as consequências a longo prazo do consumo de manteiga em comparação com óleos vegetais. O que ela revela é que o risco de morte é desproporcionalmente maior em quem consome o produto de origem animal em relação aos adeptos das gorduras vegetais. 

Para descobrir isso, os pesquisadores selecionaram indivíduos que não tinham diabetes, câncer, doenças cardiovasculares e neurodegenerativas e os acompanharam por 33 anos. Enquanto os consumidores de manteiga tinham um maior risco de morte, aqueles que substituíam o produto animal pela versão de origem vegetal tinham maior chance de sobrevida. Curiosamente, essa troca foi mais benéfica para a prevenção do desenvolvimento de câncer do que para evitar doenças cardiovasculares. 

É importante notar, contudo, que nem todos os óleos vegetais tiveram esse benefício. “Embora os óleos de oliva, soja e canola estejam associados a um risco reduzido de mortalidade, isso não foi observado para óleos de milho e cártamo”, escreveram Yong-Moon Mark Park e Yikyung Park, em uma análise publicada na mesma revista. Eles explicam, contudo, que isso pode se dever a baixa quantidade de dados a respeito do consumo dessas gorduras em específico. Ressaltam ainda que outros óleos, como o de palma e o de coco, não foram avaliados, mas também poderiam apresentar resultados relevantes. 

O resultado está de acordo com grande parte dos guias alimentares ao redor do mundo, inclusive o brasileiro, que recomenda a substituição de gorduras animais por versões de origem vegetal. Esse efeito positivo pode ser potencializado se seguidas as outras recomendações, como redução de multiprocessados e enriquecimento da dieta com frutas e vegetais. 

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Como óleos vegetais protegem a saúde?

Os motivos para isso podem ser vários. “O alto teor de gordura saturada e colesterol da manteiga, juntamente com seus níveis mais baixos de nutrientes benéficos, a tornam menos adequada para a saúde a longo prazo”, escrevem Park & Park. “Em contraste, os óleos vegetais, enriquecidos com ácidos graxos insaturados (incluindo ácidos graxos ômega-3) e compostos bioativos, fornecem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que protegem contra doenças crônicas e mortalidade prematura.”

O estudo, contudo, inspira novas investigações. De acordo com os especialistas, são urgentes pesquisas científicas que expliquem os mecanismos envolvidos na mortalidade aumentada, no caso da manteiga, e no aumento da longevidade, no caso dos óleos vegetais. Também são necessárias novas análises que levem a renda em consideração, já que esse é um fator que influencia – e muito – os hábitos alimentares. 

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