Harvey Weinstein voltará a ser julgado nos tribunais em abril, com a acusação inédita de uma mulher que não foi julgada no processo original, em 2020. Antes disso, no entanto, o magnata deve comparecer ao pleito nesta quarta-feira, quando o juiz responsável vai bater o martelo sobre uma série de questões, incluindo o escopo do depoimento do acusador e possíveis testemunhas.
O novo julgamento está marcado para começar em 15 de abril no tribunal estadual de Manhattan — quase um ano depois que a mais alta corte de Nova York anulou a condenação de 2020 por acusações de estupro e agressão sexual. Na ocasião, o Tribunal de Apelações decidiu que o juiz de primeira instância, James M. Burke, permitiu injustamente o testemunho contra ele com base em alegações de outras mulheres que não faziam parte do caso.
Agora, o produtor será julgado novamente pelas acusações originais de forçar sexo oral em uma assistente de produção em 2006 e pelo estupro de uma aspirante a atriz em 2013. A acusação adicional, apresentada em setembro do ano passado, alega que ele teria forçado sexo oral em outra mulher em um hotel de Manhattan em 2006. O gabinete do promotor Alvin Bragg disse em documentos judiciais que a mulher se apresentou poucos dias antes do início do primeiro julgamento, mas não fazia parte do caso. Eles afirmam que não deram continuidade às alegações depois que Weinstein foi condenado, mas revisaram o caso após a anulação e garantiram a inclusão para o novo julgamento.
Harvey Weinstein segue preso no no complexo prisional de Rikers Island, em Nova York. Isso porque, além do processo anulado em Manhattan, que agora vai retornar ao tribunais, o ex-produtor de 72 anos foi condenado em Los Angeles em 2022 por outro estupro. Sua sentença de 16 anos de prisão naquele caso ainda está de pé, mas seus advogados apelaram em junho, argumentando que ele não teve um julgamento justo. Até o momento, no entanto, o apelo não foi acatado.
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