O empresário Elon Musk perdeu US$ 42 bilhões (cerca de R$ 242,6 bilhões) de sua fortuna nesses primeiros doze dias de fevereiro. Com isso, seu patrimônio caiu para US$ 378,8 bilhões, comparado aos US$ 421,6 bilhões que ele possuía até janeiro. Ainda assim, Musk continua sendo o homem mais rico do mundo, superando em US$ 130 bilhões Mark Zuckerberg, CEO da Meta, que é segundo colocado na lista dos mais ricos.
A origem dessa perda bilionária está diretamente ligada ao desempenho da Tesla. As ações da montadora de veículos elétricos acumulam uma queda de 15% no ano. Ontem, a empresa fechou o pregão em queda de 6%, sendo esse o maior tombo desde novembro. Parte disso se deve ao desempenho da montadora, que reportou queda em suas receitas no quarto trimestre de 2024. Além disso, pela primeira vez em sua história, a Tesla registrou uma queda nas entregas anuais de veículos, sinalizando que o domínio da empresa no mercado de carros elétricos está sendo ameaçado.
Concorrentes como a chinesa BYD, que tem conquistado espaço no mercado global com veículos elétricos de preços mais acessíveis. A concorrência tem afetando capacidade da Tesla de manter o ritmo de crescimento que a consagrou como líder do setor.
Além da concorrência, o ambiente econômico nos Estados Unidos tem dificultado as vendas de veículos. No entanto, além da concorrência e das taxas de juros, a própria posição de Trump está começando a gerar especulações sobre o futuro de seus negócios. O republicano, um defensor ferrenho dos combustíveis fósseis, tem promovido políticas que favorecem a exploração e o uso de petróleo e gás, revertendo a agenda ambiental que havia impulsionado a Tesla durante os anos de Barack Obama e Joe Biden. Enquanto o mercado global dá sinais de uma transição energética, nos EUA, caminha na contramão, desestimulando iniciativas de energia limpa — uma mudança que pode impactar diretamente os negócios de Musk.