O dólar cede nesta sexta-feira, 7, após o relatório de empregos dos Estados Unidos, payroll, desacelerar em janeiro. A moeda era cotada a R$ 7,44 às 11h30. A taxa de desemprego caiu para 4% com criação de 143 mil vagas, abaixo da projeção de 169 mil. O dado reforça apostas de que a economia segue para um “pouso suave”, dando suporte ao banco central americano (Federal Reserve, Fed) para aliviar os juros ou, pelo menos, não elevar a taxa. Apesar da queda do emprego em janeiro, o rendimento salarial continua crescendo, gerando pressão na inflaçãoo, e o banco afirmou em sua última reunião que não tem pressa em calibrar a política monetária enquanto ver perigos inflacionários.
O Ibovespa, principal índice da B3, se descola do exterior e opera com perda, aos 125,7 mil pontos, no meio do dia. O índice brasileiro abriu em alta, impulsionado pela valorização das commodities e pelo balanço dos bancos, mas as declerações políticas do governo fazem geram onda de incertezas. O mercado repercute as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que demonstrou um tom combativo ao Banco Central ao dizer sobre “dose certa” nos juros para conter a alta dos preços, e que o banco não pode “jogar o país em uma recessão“. No dia anterior, o presidente Lula atribui a inflação à alta do dólar, que, segundo ele, tem sido influenciado pelas políticas de Trump e pela elevação da taxa de juros, a Selic, pelo BC, se isentando da responsabilidade do impacto das medidas fiscais do governo. No ano passado, a moeda escalou à espera do pacote de corte de gastos, e ganhou nova tração, subindo acima de R$ 6, após as medidas de ajuste fiscal decepcionarem o mercado.
