A vereadora Amanda Paschoal (PSOL), que é uma mulher trans, entrou com uma representação no Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra o vereador Lucas Pavanato (PL) por injúria transfóbica. Em um debate, no plenário da Câmara nesta quinta-feira, 5, Pavanato se queixou de ser classificado como transfóbico e insistiu em falar que a vereadora é “biologicamente homem”.
“Tenho direito de afirmar que uma transexual, por mais que se identifique como mulher e tenha o direito de se identificar, biologicamente não mudou, biologicamente continua sendo um homem. E não seria justo, por exemplo, a vereadora Amanda Paschoal brigando com uma mulher no ringue”, disse Pavanato no plenário, ao oferecer uma bíblia para a colega de Casa. O momento ainda foi publicado por ele em seu perfil do Instagram.
Na representação ao MP, Amanda pede a abertura de investigação criminal contra a fala de Pavanato. Segundo a peça, estariam presentes indícios injúria homotransfóbica no discurso. “Reforça seu comportamento transfóbico e desrespeitoso, utilizando um discurso religioso para invalidar a existência e a identidade da parlamentar. Essa manifestação não ocorreu de forma isolada, mas sim como parte de uma postura discriminatória recorrente”, destaca.