As condições econômicas da Argentina seguem “frágeis”, na avaliação da agência de classificação de risco S&P Global Rating. Em comunicado publicado na quarta-feira, 5, a instituição americana afirma que o governo de Javier Milei tomou medidas significativas para reduzir a inflação e eliminar os déficits fiscais, mas manteve as notas de crédito de curto e longo prazo do país em “C” e “CCC”, respectivamente. Uma classificação ”CCC” indica que o devedor pode não conseguir cumprir seus compromissos financeiros em caso de condições adversas nos negócios, financeiras ou econômicas. A S&P diz que pode elevar ou reduzir as notas ao longo dos próximos 12 meses a depender do acesso da Argentina ao capital internacional. Por ora, apenas a classificação da Argentina para transferência e conversibilidade sofreu alteração, sendo elevada de “CCC” para “B-”.
“Nossas classificações para a Argentina refletem suas altas vulnerabilidades externas, finanças públicas ainda fracas — embora em melhora —, falta de acesso aos mercados globais de capitais e baixa flexibilidade monetária.”, diz o comunicado. Desde a década de 1950, a Argentina registrou recessão em ⅓ dos anos, o que seria o pior desempenho nesse quesito entre todos os países do mundo, segundo a S&P. A análise considera uma previsão de aumento de ao menos 4% no Produto Interno Bruto (PIB) argentino em 2025, que pode ser impulsionado pelo firmamento de um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).