O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, é um dos alvos da Polícia Federal em investigação de desvio de verbas do governo de Goiás. A operação foi deflagrada pela PF nesta quinta-feira, 6, junto com a Controladoria-Geral da União (CGU).
Segundo a PF, o inquérito encontrou indícios de corrupção em contratos estaduais de saúde entre 2012 e 2018, período em que Perillo chefiou o Executivo goiano. Os investigadores apontam que uma organização social foi usada como fachada para contratar empresas de políticos do estado, fazendo com que o dinheiro gasto pelo poder público voltasse aos gestores que autorizaram as contratações.
Ao todo, os agentes cumprem nesta quinta-feira 11 mandados de busca e apreensão, sendo 10 endereços localizados em Goiânia e um no Distrito Federal. A Justiça determinou, ainda, o bloqueio de 28 milhões de reais em bens de Perillo e outros investigados na operação. As ordens foram expedidas pela 11ª Vara Federal do Tribunal Regional Federal (TRF-1), em Goiânia.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, os investigados estão sujeitos a acusações por peculato (desvio de recursos), corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas somadas que podem ultrapassar 40 anos de prisão.
Em nota, Perillo alegou inocência, repudiou a inclusão de seu nome na operação, e culpou o governador Ronaldo Caiado (União Brasil). “Eu repudio veementemente a inclusão do meu nome nessa “operação”! Estão criando uma cortina de fumaça para não irem atrás de minhas denúncias e investigarem quem deveria ser investigado hoje em Goiás”, afirmou no texto.