Uma mulher morreu e outras cinco pessoas ficaram feridas após o desabamento do teto da Igreja de São Francisco de Assis, no Centro Histórico de Salvador, na tarde desta quarta-feira, 5, segundo informações do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia.
A vítima foi identificada pela Polícia Militar como Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, que visitava a capital baiana. Natural de Ribeirão Preto, no interior de paulista, ela vivia na cidade de São Paulo. Entre os demais atingidos pelo desabamento, ao menos um deles também era turista. A Defesa Civil de Salvador (Codesal) interditou o local por causa dos riscos em meio aos destroços.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram os estragos após a queda do teto. Com o desabamento, os destroços cobriram o local onde os fieis acompanhavam as missas e espalhou muita poeira pelo local. O forro da igreja, localizada na região do Pelourinho, ficou exposto.
Patrimônio mundial
Com arquitetura em estilo barroco, o templo recebeu o apelido de “Igreja de Ouro”, pela forte presença do metal precioso no revestimento interno. A decoração exuberante fez com que o ponto turístico fosse reconhecido como patrimônio mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O governo federal também reconheceu o templo como patrimônio cultural do Brasil e a Igreja e o Convento de São Francisco de Assis foram tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao Ministério da Cultura. O tombamento não foi suficiente para conter os danos – o local chegou a ser interditado em 2023 por conta dos riscos gerados pela má conservação do local. Em outubro do ano passado, o Iphan destinou 1,2 milhão de reais para a conservação do espaço.
Entre os ornamentos do santuário, há um painel com 27 mil azulejos raros, que mostram Lisboa antes de um grande terremoto que abalou a cidade em 1755. A igreja é considerada uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo.
