As vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos foram de 171,2 mil unidades em janeiro, um crescimento de aproximadamente 6% em relação a janeiro do ano anterior e o melhor resultado do primeiro mês do ano desde 2020. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 4, pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Entre os destaques do levantamento, a chinesa BYD, que atua no mercado brasileiro através de importações de carros elétricos premium e está construindo um complexo fabril na Bahia, teve um grande avanço ao atingir a oitava posição entre as maiores participações em vendas de automóveis, acima da Renault e da Nissan, com participação de 5,26% no setor. O modelo mais vendido da empresa foi o utilitário híbrido Song Plus, com 3.185 unidades.
O sucesso da BYD vem acompanhado de polêmicas de dumping por parte da companhia, que depende de importações para se firmar no país. A prática se dá com a comercialização de produtos a preços abaixo do custo de produção ou à exportação de um produto a um preço inferior ao normalmente cobrado em seu mercado interno, o que prejudica a livre concorrência.
No cenário geral, o automóvel novo mais vendido do Brasil em janeiro foi o Polo, da Volkswagen, com 5.801 unidades. Já a picape – tipo de carro incluído na categoria de comerciais leves – mais vendida foi a compacta Fiat Strada, da Stellantis, tradicional ocupante do posto, com 8.777 veículos.
Ao combinar ambos os segmentos de automóveis e comerciais leves, a BYD ficou na nona posição em janeiro, com 4,12% do mercado, ante 3,09% no final de 2024, segundo a Fenabreve. De acordo com a consultoria automotiva Bright, as marcas chinesas representaram 8,82% das vendas de veículos novos em janeiro no Brasil.
