Uma das grandes queridinhas do Grammy e três vezes vencedora da categoria de álbum do ano, Taylor Swift surpreendeu na noite deste domingo, 2 de fevereiro, ao sair de mãos abanando da premiação. A cantora disputava seis gramofones pelo disco The Tortured Poets Department, que anunciou no pódio da edição de 2024, quando ganhou a principal categoria da noite com Midnights. A cerimônia é ponto de encerramento agridoce para um ano de sucesso, no qual Swift encabeçou a turnê mais lucrativa da história, a The Eras.
A peregrinação ininterrupta pelo mundo, contudo, teve como efeito colateral uma fadiga da cantora. Além da turnê internacional com suas canções, Swift mantém fluxo generoso de lançamentos, entre trabalhos inéditos e regravações de discos que lançou entre 2006 e 2017, cujas versões originais não possui. Em três anos, ela lançou sete discos diferentes — e restam os álbuns Reputation e Taylor Swift. Além disso, Tortured Poets Department teve recepção crítica aquém de seus maiores sucessos, com textos mistos de publicações como The New York Times, NME, Consequence of Sound e Pitchfork. Mesmo assim, o disco se manteve na primeira posição da parada Billboard 200 por 17 semanas.
Para além do trabalho de Swift, sua falta de vitórias pode ser justificada pela safra de talentos com que competia. O ano de 2024, afinal, foi marcado pela ascensão da popstar Sabrina Carpenter — que já foi atração de abertura da The Eras —, sucesso refletido pelo êxito do álbum Short n’ Sweet nas categorias de pop. Já nas disputas de clipe, música do ano e gravação do ano, ela perdeu para a lacerante Not Like Us, de Kendrick Lamar. O gramofone de álbum do ano, por sua vez, foi dado para Beyoncé, por Cowboy Carter, em momento histórico de reparação. A cantora é a primeira mulher negra em 26 anos a receber a láurea.
Esta não é a primeira vez que Swift não leva estatuetas para casa. Os discos Taylor Swift, Red, Reputation, Lover e Evermore tampouco resultaram em prêmios do Grammy.
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