Na história das premiações do Oscar desde 1929, ou seja, em 97 anos, apenas sete atrizes de países de língua não inglesa ganharam na categoria de melhor atriz. Entre elas, apenas duas em filmes gravados em outro idioma. Fernanda Torres, indicada por interpretar Eunice Paiva em Ainda Estou Aqui, pode se tornar a oitava nesta lista e a primeira sul-americana. O Oscar 2025 será entregue em 2 de março, às 21h (horário de Brasília).
A primeira artista de outro país a levar a estatueta foi a sueca Ingrid Bergman, em 1945, pelo filme À Meia-Luz. Ela voltou a vencer na mesma categoria em 1957, por Anastásia, a Princesa Esquecida. Nas duas ocasiões, contudo, ela protagonizou filmes gravados em inglês. Entre as premiações de Bergman, a italiana Anna Magnani venceu em 1956, por A Rosa Tatuada; e a francesa Simone Signoret, por Almas em Leilão, em 1960.
Depois, mais uma italiana e uma francesa ganharam como melhor atriz. Sophia Loren, em 1962, por Duas Mulheres; e Marion Cotillard, somente em 2008, por Piaf: Um Hino ao Amor. Elas foram as únicas a ganharem com produções em outro idioma. Em 2011, a israelense Natalie Portman ganhou por Cisne Negro; e em 2023, Michelle Yeoh, da Malásia, venceu por Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, sendo a primeira mulher asiática a vencer na categoria.
No caso do Brasil, é a segunda vez que uma brasileira é nomeada à premiação, e a primeira em que um filme nacional figura entre os candidatos a melhor filme. Até o momento, o país tinha só uma indicação: com Fernanda Montenegro, mãe de Fernanda Torres, nomeada em 1999 por Central do Brasil.