A transferência de Neymar do Al-Hilal para o Santos, nesta semana, mobilizou imprensa, redes sociais e torcedores em torno do assunto. Os veículos estrangeiros reagiram diferentemente ao negócio, muitas vezes criticando o jogador e outras sendo apenas protocolares. Fato é que, no ocaso de sua carreira, o atacante busca redenção no clube que o revelou e tenta um retorno mais digno à seleção brasileira — mirando, obviamente, a Copa de 2026.
Na sua coluna semanal no The Athletic, Tim Spier descascou Neymar ao comentar a despedida que o atleta publicou nas redes, dando adeus ao Al-Hilal e anunciando a chegada ao Santos: “Nos últimos 18 meses, enquanto o brasileiro sonhava com um retorno à sua terra natal, ele tem estado ocupado se tornando certamente o fracasso de transferência mais caro da história do futebol”.
Na Espanha, o Sport, da região da Catalunha, onde fica o Barcelona, também foi duro com o atacante brasileiro que teve o seu melhor momento ao lado de Messi e Suárez no Barça. Sob a manchete “Neymar, um fracasso cronológico”, o cronista Alguer Bonifacio escreveu: “O príncipe chamado ao trono nunca quis ser rei, perdendo-se em caminhos que nem sempre conduzem à glória”.
No Marca, também espanhol, o jornalista Alberto Rubio escreveu que a passagem de Neymar pela Liga Saudita não será lembrada por seus números: “Com apenas 428 minutos no Al Hilal, ele se despede do atual campeão sem sequer ter vestido as cores do time. Em agosto de 2023, o clube árabe pagou 90 milhões ao PSG por uma das maiores figuras do futebol. Agora, duas temporadas depois, ele está saindo pela porta dos fundos com uma indenização de 65 milhões de dólares, pouco mais de 62 milhões de euros”.
O L’Équipe, da França, foi mais protocolar com o jogador que também defendeu o PSG ao lado de Mbappé. “‘É euforia total’: Neymar no Santos, a volta do príncipe”, diz a manchete da notícia sobre a transferência. No subtítulo: “Lesionado há muito tempo, o brasileiro de 32 anos retornará ao Santos, seu clube de formação, e está gerando uma empolgação sem precedentes”.
