Um idoso de 74 anos viveu quase seis décadas utilizando a identidade de outra pessoa em Volta Redonda, no sul do estado do Rio. Ele assumiu o nome do filho de um ex-patrão, que faleceu em 2013, e com essa identidade conseguiu emitir documentos oficiais, registrar 12 filhos e até se aposentar. A fraude só veio à tona agora, quando ele procurou o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), em Barra Mansa, para questionar a suspensão de um benefício social e, ao apresentar documentos, entregou sua própria certidão de óbito, levantando suspeitas dos funcionários.
Após a chegada da Guarda Municipal, uma irmã do idoso confirmou que ele usava o nome falso desde 1966, aproveitando a coincidência do primeiro nome com o verdadeiro titular. A polícia descobriu que, além de receber benefícios, ele já havia sido preso em 2018 por tentativa de homicídio. O caso foi registrado como um fato atípico, sem configuração de crime imediato, mas segue sob investigação. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social não esclareceu como o benefício permaneceu ativo após a morte do verdadeiro dono da identidade, alegando sigilo imposto pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
