Embora seja plantada em diversos países, incluindo o Brasil, a uva Riesling encontra na Alemanha, sua terra natal, o ambiente ideal para se expressar de forma mais plena. E poucos produtores de Riesling são tão importantes quanto Egon Müller. É conhecido por colocar no mercado alguns dos vinhos brancos mais caros do mundo. Para ter ideia, uma única garrafa de seu Trockenbeerenauslese (o nome por assustar, mas o termo é usado para os vinhos produzidos com o maior grau de açúcar e uvas afetadas por uma variedade de fungo nobre), da safra 2003, foi leiloado em 2015 por 12 mil euros.
Agora, o produtor vem ao Brasil para um jantar exclusivo, em que apresentará alguns de seus principais rótulos. Müller estará em São Paulo nesta sexta-feira, 31, na Cellar Cave, restaurante da importadora Cellar Vinhos, responsável por trazer seus vinhos ao Brasil.
O produtor vai mostrar quatro vinhos – e apesar dos nomes complicados, eles estão entre as classificações mais altas na complexa hierarquia da Alemanha. Para começar, um Scharzhofberger Riesling Kabinett 2022 (Kabinett é um termo que indica que o vinho é feito com uvas totalmente maduras, o que indica um teor de açúcar mais elevado). Em seguida, o Scharzhof Riesling Qualitatswein 2023 (Qualitatswein é uma denominação de origem que indica que o vinho precisa vir de um dos 13 terroirs reconhecidos, que tenham qualidade). Depois, servirá o Scharzhofberger Riesling Kabinett 2023. E, para fechar, o Scharzhofberger Riesling Spätlese 2023 (Spätlese é uma categoria acima da Kabinett em termos de dulçor, já que as uvas são colhidas tardiamente, depois da colheita tradicional).
Os vinhos serão harmonizados em um menu criado pela chef Giovanna Perrone, vencedora do programa Mestre do Sabor e que já comandou a cozinha do restaurante Pipo.
O jantar custa R$ 3.350 (o alto preço já mostra como seus rótulos são caros) e as vagas são limitadas. Pela própria dificuldade em começar a explorar os vinhos alemães, a oportunidade é interessante, já que o próprio Egon Müller vai explicar as diferenças e mostrar a diversidade dos vinhos mais doces feitos com a Riesling na Alemanha.