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O tamanho do impacto da alta dos combustíveis na inflação, segundo economista

Os combustíveis à base de petróleo, gasolina e diesel, terão seus preços aumentados a partir do sábado, 1º de fevereiro, devido à alta do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Com a medida, a gasolina subirá de 1,37 reais por litro para 1,47 reais por litro, um aumento de 0,10 reais, e o diesel subirá de 1,06 reais por litro para 1,12 reais por litro, 0,06 reais a mais. O etanol não terá mudanças em sua tributação.

A mudança na cobrança do ICMS valerá para todos os Estados do país, após uma decisão dos governadores de todas as unidades da Federação aprovada no fim de outubro de 2024, no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O reajuste será repassado ao preço final dos combustíveis pago pelos consumidores e chega em um cenário de pressão sobre a política de preços da Petrobras, que não reajusta os valores cobrados em suas refinarias há meses.

Segundo a economista Fernanda Mansano em conversa com VEJA, a falta de reajuste de preços da estatal Petrobras foi o que gerou a defasagem nos valores cobrados pela gasolina e pelo diesel no Brasil, o que não pode mais ser segurado. Para a especialista, o aumento do imposto também pode ser uma forma de arrecadação do governo em meio a um contexto de alta dos juros do país.

Impactos da alta dos combustíveis no país

Na última sexta-feira, 24, foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o IPCA-15, considerado a prévia da inflação, que avançou 0,11% em janeiro, acima das expectativas do mercado. O setor de transportes possui forte impacto sobre a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e as previsões de analistas é que a alta no preço da gasolina afetará negativamente a taxa. Mansano prevê um aumento de 0,08 a 0,1 pontos percentuais no índice que sairá em fevereiro.

Mesmo com os novos preços dos combustíveis, a economista explica que o consumo dos brasileiros no setor de transporte possui uma baixa sensibilidade a mudanças de preços. “O aumento do ICMS não vai ocasionar em uma queda na demanda dos combustíveis”. Isso impacta de forma negativa no bolso dos consumidores, diz Mansano, já que “o orçamento do brasileiro é único, por isso, ele deixará de comprar outras coisas, como vestuário e viagens, em detrimento do dinheiro que precisou ir para os combustíveis”.

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