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Anfavea pode pedir que as chinesas BYD e GWM sejam investigadas por dumping

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estuda apresentar ao Ministério do Desenvolvimento um pedido para que as montadoras chinesas de carros elétricos sejam investigadas por suposta prática de dumping nas importações para o Brasil. Os principais alvos seriam a BYD e a GWM, que conquistaram uma fatia relevante do mercado desde que chegaram ao país – a ponto de incomodar as grandes fabricantes já instaladas aqui. Segundo a Anfavea, as duas responderam pela venda de 60% de todos os automóveis elétricos importados no ano passado.

A primeira vez em que o alerta soou na Anfavea foi em julho de 2024, quando 100 000 veículos chineses desembarcaram no Brasil. Na época, as montadoras locais já pressionavam o governo para impor barreiras tarifárias, a fim de impedir uma invasão. Anunciada em meados do ano passado, a sobretaxa entrou em vigor no último 1º de janeiro. A sobretaxa para a importação de carros 100% elétricos aumentará progressivamente, começando com 10% neste ano e chegando a 35% em 2026.

Em resposta, a GWM afirmou em comunicado que “vê a ação com tranquilidade”, pois segue estritamente as regras internacionais e a legislação brasileira para comércio exterior. Já a BYD negou qualquer prática de dumping e reafirmou o compromisso em desenvolver a economia nacional a partir de sua nova fábrica de Camaçari, na Bahia, que será o maior complexo industrial da empresa fora da China. “A indústria automotiva brasileira foi deixada em segundo plano por décadas pelas montadoras tradicionais que agora tentam de todas as formas utilizar artimanhas para esconder a falta de competitividade”, disse em nota.

De acordo com os critérios do Ministério de Relações Exteriores, dumping é o nome dado à comercialização de produtos a preços abaixo do custo de produção ou à exportação de um produto a um preço inferior ao normalmente cobrado em seu mercado interno, o que prejudica a livre concorrência.

Quando a investigação no país alvo do dumping é feita, é determinado se a prática é responsável por causar dano material ao país importador. Em caso de prejuízo, a punição costuma ser a aplicação unilateral de sobretaxa sobre importações de produtos das empresas alvo da investigação. Apesar da incerteza sobre o pedido de processo antidumping nos próximos dias, a Anfavea afirmou publicamente que “defende a livre concorrência e a prevenção de práticas que prejudiquem o mercado automotivo brasileiro, zelando pelos clientes, empregados, concessionários, fabricantes e indústria de autopeças”.

 

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