David Mencer, um porta-voz do governo de Israel afirmou nesta terça-feira, 28, que oito dos 33 reféns a serem libertados pelo Hamas na primeira fase do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza estão mortos.
Em um briefing, o porta-voz afirmou que os outros 25 cativos a serem devolvidos para suas famílias estão vivos, incluindo os sete que já foram libertados nas últimas duas semanas. As autoridades israelenses foram notificadas sobre o status dos reféns após receberem uma lista do Hamas.
De acordo com Mencer, os oito mortos foram assassinados pelo Hamas. O grupo palestino silenciou sobre a causa da morte dos israelenses sob seu poder.
Libertação em fases
A primeira fase do acordo de cessar-fogo, que começou em 19 de janeiro, verá dezenas de reféns capturados pelo Hamas e outros grupos armados nos ataques de 7 de outubro de 2023 contra Israel sendo libertados.
As famílias de todos os reféns, vivos ou mortos, que serão libertados na primeira fase do acordo foram contatadas pelas autoridades israelenses na noite de domingo.
Dos 26 reféns que ainda serão libertados na primeira fase, 21 são homens, três são mulheres e duas são crianças, com idades entre dois e 86 anos, de acordo com o Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos e com o governo israelense.
Israel também libertará cerca de 2 mil prisioneiros palestinos na primeira parte do acordo – 50 para cada refém que seja uma mulher das Forças Armadas israelenses e 30 para os demais cativos.
Volta para casa (em ruínas)
O cessar-fogo também proporcionou um alívio para a população de Gaza, ao encerrar as hostilidades após mais de 15 meses de bombardeios israelenses, que começaram logo após os ataques do Hamas em 7 de outubro.
Mais de 200 mil palestinos deslocados começaram a retornar para suas casa no norte do enclave na segunda-feira 27, depois de Israel desbloquear um corredor que liga os dois extremos de Gaza. A área foi arrasada por mais de um ano de ataques aéreos e terrestres, e estima-se que 90% das estruturas lá estejam danificadas ou destruídas.
