Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag foram libertadas pelo Hamas na manhã deste sábado, 25. As quatro foram sequestradas em 22 de outubro de 2023, após ataque do grupo terrorista e ficaram um ano e três meses em cativeiro.
Elas eram recrutas recentes do exército de Israel e foram enviadas para a base militar de Nahal Oz, onde trabalhavam como observadores, relatando atividades suspeitas do outro lado da fronteira. A instalação foi um dos principais alvos do Hamas, que matou mais de 50 soldados e sequestrou as quatro mulheres. à época, eram adolescentes.
Em Israel, o serviço militar é obrigatório para homens e mulheres, que se juntam às forças de defesa após terminar o ciclo básico escolar.
Eis o que se sabe sobre cada uma até agora:
Liri Albag, 19 anos
Queria cursar arquitetura e design de interiores. No início do mês, ela foi uma das escolhidas pelo Hamas para gravar um vídeo em que dizia estar sequestrada há mais de 450 dias. Na ocasião,a família da jovem pressionou o governo de Benjamin Netanyahu para que os esforços de libertação fossem intensificados.
Neste sábado, a família de Liri expressou alívio e alegria ao vê-la sendo liberada. “Longe do que eu esperava, ela parece vibrante”, disse Ruhama Albag, sua tia, na televisão ao vivo. “Ela está alegre, acenando com a mão, seu espírito inquebrável.”
Karina Ariev, 20 anos
É filha de imigrantes da Ucrânia. Sua família a descreveu como “a força de conexão” entre amigos e familiares. Durante o ataque a adolescente ligou para os pais para se despedir, já que acreditava que seria morta. No mesmo dia o Hamas postou um vídeo nas redes sociais em que Karina aparecia em um jipe, ao lado de duas outras mulheres, com o rosto sangrando.
Em agosto, a irmã dela afirmou à imprensa local que a crise dos reféns estava consumindo a família. “Como posso dormir se não conseguimos trazer Karina e todos os outros reféns para casa?”, ela disse.
Daniella Gilboa, 20
É da cidade de Petah Tikva, no centro de Israel. Estudava piano e sonhava em se apresentar profissionalmente um dia.
Em julho, a família de Daniella divulgou um vídeo feito pelo Hamas, recebido meses antes, que mostrava ela e Karina Ariev em cativeiro . “Na família , há um sentimento de alívio junto com um sentimento de decepção”, informou o pai do namorado da adolescente.
Naama Levy, 20 anos
É uma triatleta que cresceu em Raanana, uma cidade ao norte de Tel Aviv.
No dia do ataque do Hamas, ela mandou uma mensagem de texto para sua mãe de um quarto seguro. “Nunca ouvi nada parecido”, escreveu.
A jovem aparece sendo levada para Gaza, em um vídeo que circulou nas redes sociais do Hamas, logo após o ataque. Ela vestia calças de pijama encharcadas de sangue
A mãe de Naama concedeu uma entrevista para um documentário sobre violência sexual como arma de guerra:“Eles estão agarrando ela pelos cabelos, e ela está toda, tipo, bagunçada”, ela disse. “Gostaríamos de pensar que isso não seria possível, que ninguém machucaria uma jovem. Mas aí você simplesmente vê isso ali.”
(Com informações do The New York Times)