O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participa nesta sexta-feira, 24, da Marcha pela Vida, um evento contra o aborto, em Washington. O discurso em vídeo acontece um dia depois de o republicano conceder perdão a 23 ativistas antiaborto que, segundo ele, foram perseguidos durante o governo de Joe Biden.
A participação se dá em meio a pedidos de apoiadores por ações mais duras em relação ao tema. Até o momento, nenhum dos decretos assinados pelo presidente faz menção direta ao aborto, embora alguns apoiadores tenham elogiado a retirada dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde devido ao histórico de apoio do órgão das Nações Unidas ao aborto.
Em 2020, ele se tornou o primeiro presidente em exercício a comparecer pessoalmente à Marcha pela Vida. Dois anos depois, a maioria conservadora da Suprema Corte, que inclui três indicados pelo magnata em seu primeiro mandato, reverteu a famosa decisão judicial Roe vs Wade, que garantia proteções constitucionais para o aborto legal há quase 50 anos. Com o fim da decisão, uma gama de estados restringiu ou proibiu o acesso ao procedimento de interrupção da gravidez.
Durante a campanha, Trump defendeu a liberdade dos estados para continuarem definindo suas leis. Mas, na quinta-feira, republicanos aprovaram no Congresso uma medida que tem o objetivo de penalizar médicos que façam abortos – um termômetro da vontade do partido em avançar a proibição.