Apesar dos progressos no controle do fogo no norte de Los Angeles, no sul, os focos aumentam desde quinta-feira, 23, o que levou às autoridade emitirem alerta vermelho de risco crítico de incêndios para a região. O maior problema está no condado de San Diego, que foi atingido por fortes rajadas, que serviram combustão para as chamas. Algumas áreas foram evacuadas. Cerca de 50 mil pessoas deixaram suas casas. Em um dia, contabilizava-se uma área de 40 km² atingida, que fica a 60 km de Palisades, região que eclodiram as primeiras chamas de janeiro.
O fogo começou a ganhar corpo na última segunda-feira. Um dos grandes focos está na região da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia, na charmosa estância de La Jolla. Outro ponto crítico está nas proximidades da fronteira do México, onde já tomou uma área selvagem da montanha de Otay, que é conhecida por ser um reduto das borboletas Quino, espécie ameaçada.
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O condado de Ventura também foi atingido. No Canal da Universidade Estadual da Califórnia, em Camarillo, houve um breve alerta de evacuação, mas helicópteros conseguiram rapidamente controla o fogaréu que já se espalhava nas colinas que rodeiam o campus universitário, que concentra ao menos 7 mil alunos. Ontem os ventos variaram entre 70 e 100 km/h.
A boa notícia é a previsão de chuvas para o fim de semana, o que pode finalmente encerrar a dura seca que a Califórnia encara este ano. Os ventos, segundo os meteorologistas, também devem dar trégua, de acordo com o Serviço Nacional do Tempo. “A situação é bem diferente da que enfrentamos há quinze dias”, disse Anthony Marrone, chefe dos bombeiros, de Los Angeles. Até o momento já morreram 28 pessoas, 14 mil imóveis foram destruídos, e prejuízos calculados em torno de US$ 28 bilhões. Nesta semana, Los Angeles aprovou U$ 2,1 bi para ajudar Los Angeles a se recuperar. Em Palisades, 95% das chamas controladas.