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Uso de inteligência artificial pode prejudicar Emília Pérez no Oscar?

Filme mais polêmico na temporada de premiações, Emília Pérez foi o longa que mais recebeu indicações ao Oscar 2025. Além de ser criticado por ser uma produção francesa, dirigida por Jacques Audiard, que fala de cartéis de drogas mexicanos com elenco majoritariamente europeu e americano, o concorrente de Ainda Estou Aqui também protagoniza outra polêmica: o fato de ter usado inteligência artificial para melhorar a performance de sua estrela, Karla Sofía Gáscon. Fica a dúvida se este detalhe pode acabar prejudicando Emília Pérez, que tem abocanhado vários prêmios desde o Festival de Cannes.

Recentemente, foi descoberto que o musical sobre um líder de tráfico decide transicionar para o gênero feminino utilizou a ferramenta de IA Respeecher para aprimorar a voz da protagonista nas cenas em que ela canta. Em uma entrevista gravada em maio no festival de cinema de Cannes, o profissional de mixagem de som Cyril Holtz revelou que foi necessário aumentar o alcance do registro vocal de Karla com a IA, misturando seu canto com o de Camille, a estrela pop francesa que coescreveu a trilha sonora do filme.

Ironicamente, uma das reivindicações dos atores e profissionais da indústria cinematográfica durante as greves de Hollywood em 2023 era justamente a proteção criativa contra o uso de inteligência artificial. É difícil estimar se isso impactará na escolha de Emília Pérez em alguma das 13 categorias em que o filme concorre, afinal, o fato de ter sido o maior indicado de 2025 prova que os votantes ou não sabiam ou não ligaram para isso.

Outro grande indicado da edição, O Brutalista também utilizou IA para aprimorar o sotaque húngaros dos atores no filme. O editor do longa, Dávid Jancsó, disse que, em um esforço para criar um diálogo húngaro tão perfeito “que nem mesmo os moradores locais notarão a diferença”, Jancsó inseriu as vozes dos atores principais Adrien Brody e Felicity Jones no software de IA, assim como a sua própria. Na história, Brody é o arquiteto judeu-húngaro László Tóth, que emigra para os Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial com sua esposa, Erzsébet (Felicity).

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