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Trump atribui trégua em Gaza à sua eleição e promete ‘promover paz pela força’

Israel e Hamas enfim chegaram a um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que inclui libertação de reféns israelenses em troca de palestinos detidos por Tel Aviv, informaram as agências de notícias Reuters e The Associated Press, bem como o jornal The Times of Israel, nesta quarta-feira, 15. O avanço ocorreu após meses de esforços de negociadores dos governos do Catar, do Egito, e dos Estados Unidos, que viajaram de um lado para o outro no Oriente Médio em busca de resolver os impasses entre as duas partes.

Mas o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, atribuiu o avanço à sua própria vitória eleitoral em novembro do ano passado. Em uma postagem na sua rede social, a Truth, ele chamou o acordo de épico, mencionou eventual expansão dos Acordos de Abraão (iniciativa para a normalização das relações entre países árabes e Israel, marca de sua primeira passagem pela Casa Branca), e disse que seu governo vai “continuar promovendo a paz através da força”.

“Este acordo de cessar-fogo épico só poderia ter acontecido como resultado da nossa histórica vitória em novembro, porque alertou ao mundo todo que minha administração vai buscar a paz e negociar acordos para garantir a segurança de todos os americanos e nossos aliados. Estou empolgado com o retorno de reféns americanos e israelenses para suas casas”, escreveu o republicano.

O cessar-fogo aprovado por Israel e pelo Hamas foi mediado por autoridades de Washington, mas em maior parte ainda sob o governo do atual presidente americano, Joe Biden. Ele, mais cauteloso com a notícia, está se preparando para abordar o acordo na quinta-feira, 16, segundo a Associated Press.

Suas equipes trabalharam em conjunto nas negociações, embora ambos disputem o crédito pelo avanço. Trump, que assume a Presidência dos Estados Unidos na próxima segunda-feira, 20, prometeu que sua equipe de segurança nacional e seu enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, continuarão a trabalhar em estreita colaboração com Israel para garantir que Gaza “nunca mais se torne um refúgio seguro para terroristas”.

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“Continuaremos a promover a paz através da força na região, enquanto aproveitamos o momento do cessar-fogo para expandir os históricos Acordos de Abraão. Este é apenas o começo de grandes coisas que virão para os Estados Unidos e para o mundo”, publicou. “Alcançamos muito mesmo não estando na Casa Branca. Imagine todas as coisas maravilhosas que acontecerão quando eu retornar à Casa Branca e minha administração estiver totalmente confirmada.”

A situação lembra os últimos dias de Jimmy Carter, ex-presidente americano falecido em dezembro passado, no poder. Após 444 dias da crise dos reféns no Irã, quando 53 americanos foram detidos numa invasão à embaixada dos Estados Unidos em Teerã, ele finalmente conseguiu assegurar a libertação dos cidadãos.

No entanto, a questão custou-lhe a vitória nas eleições, e autoridades iranianas só permitiram a decolagem dos aviões que levaram os reféns para casa até a posse de Ronald Reagan, em 1981, que tomou o crédito pela conquista.

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